DUQUE DE CAXIAS- NOTA ZERO EM EDUCAÇÃO.

Andreia Zito lamenta resultados do Ideb em municípios fluminenses
Última modificação 01/07/2008 18:43


A deputada Andreia Zito mostrou-se preocupada, mais uma vez, com os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado hoje pelo Ministério da Educação. Chamou a atenção da parlamentar uma constatação grave em relação ao estado do Rio de Janeiro. O jornal O Dia publicou reportagem intitulada “Ricos em petróleo, pobres em educação”, em que estabelece um comparativo entre a participação dos municípios nas receitas de royalties de petróleo e a média obtida no Ideb.
“Isso quer dizer que os municípios do Rio de Janeiro com maior participação na receita de petróleo não conseguiram alcançar a média neste indicador. Para se ter uma idéia, Campos, no Norte Fluminense, teve a maior participação nos royalties em 2006 (R$ 847,8 milhões), mas apresentou o pior desempenho em educação, apenas 2,9 na escala que vai de 0 a 10”, registrou.
A deputada lamentou ainda a situação de Duque de Caxias, município da Baixada Fluminense que ocupa o 13º lugar em receitas de royalties em todo o estado. “Apesar disso, Caxias alcançou o triste índice de 3,3, ficando somente acima de Campos. Os próprios estudantes reclamam da falta de uniformes e atraso na entrega de livros didáticos”, observou.
Em contrapartida, a deputada parabenizou municípios como Trajano de Moraes, São José de Ubá e Aperibé que, mesmo sendo contemplados com receitas mínimas oriundas dos royalties, obtiveram médias muito próximas a 6, o que corresponde ao desempenho de países desenvolvidos.
O Ideb da rede pública fluminense de ensino médio, majoritariamente estadual, caiu de 3,3 para 3,2. A meta do Rio para 2007 era a mesma de 2005, quando ocorreu a última avaliação. “O mínimo que poderíamos esperar era a manutenção do mesmo desempenho, mas as escolas fluminenses tiveram um resultado pior, caindo na escala”.
“É louvável que nosso estado seja o maior produtor de petróleo do país, mas como sustentar o desenvolvimento econômico a longo prazo se os alunos não estão sendo preparados? Isso é uma incoerência. Será que a riqueza dos municípios é investida de forma correta? Temos que pensar que essas crianças podem ser futuros investidores, elas podem alavancar a economia do estado. Talvez nossos administradores e empresários não vejam na educação um investimento lucrativo, o que é lamentável”, criticou a deputada.
O Ideb é calculado com base no desempenho dos alunos da rede pública na Prova Brasil - teste de leitura e matemática aplicado a cada dois anos ao final das etapas de ensino (4ª e 8ª séries do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio) - além de informações sobre o rendimento escolar dos alunos.